A SEMANA DO ULTRAMAR - 1966
NA ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL
CELEBROU-SE A SEMANA DO ULTRAMAR
SÁBADO 30 DE ABRIL DE 1966
No
passado dia 30, pelas 15 horas, a Escola Industrial desta cidade,
prestou a melhor colaboração à Semana do Ultramar, com uma sessão a que
presidiram o director, dr. Aurélio Tavares, subdirector Júlio Giraldes e
dr. Rothes.
Com a presença de professores e alunos, o engenheiro Mário Presa, numa alocução ardente e patriótica, desenvolveu o tema «Desenvolvimento Económico do Espaço Português».
Muito
aplaudido o Ex.mo Director, dr. Aurélio Tavares, agradeceu-lhe aquela
lição de portuguesismo e encerrou a sessão tributando «glória aos nossos
soldados das plagas africanas, a Salazar, condutor da Pátria, dando
vivas a Portugal.
Professores e alunos entoaram o Hino Nacional.
In “O Tempo” de 15 de Maio de 1966
A SEMANA DO ULTRAMAR
NA ESCOLA INDUSTRIAL NO DIA 30 DE ABRIL DE 1966
Em
sessão solene, reuniram-se no passado dia 30, pelas 15 horas,
professores e alunos desta Escola para celebrar a Semana do Ultramar.
Presidiu à sessão o director, Dr. Aurélio Tavares ladeado pelo
Subdirector, Arquitecto Júlio Giraldes, o Dr. Pedro Rothes e o Engenheiro Mário Presa
que, inebriado por fé e amor patriótico , deu na sua alocução a quantos
o ouviam, uma lição de portuguesismo, lição essa que exprimiu o
sentimento exacto da medida de Portugal no espaço e no tempo.
O Dr. Aurélio Tavares, director da Escola, começando por felicitar o conferente, afirmou:
«Deus,
a Pátria e a sociedade pedir-nos-ão contas severas da nossa acção
educativa, acompanhar-nos-á na decadência final o acicate do remorso à
conta de uma só vocação frustrada por nossa culpa. O segredo da nossa
missão está em compreender os jovens, querer de toda a alma adaptá-los a
um ideal de vida que possibilite a sua felicidade pessoal e a sua
integração harmoniosa no conjunto a que se destinam, projecção benéfica
no futuro da Pátria. Faltam os meios materiais para tanto? Que importa? O
espírito supera a matéria; Sócrates, Platão, Aristóteles não tiveram
também o que reclamamos. Cristo, o Mestre Supremo, ensinou ao ar livre e
na montanha, sem escola, sem livros, sem cadernos, parece que escreveu
uma só vez – e foi na areia. E contudo as suas lições fixaram-se para a
Eternidade. «Passarão o Céu e a terra, mas as minhas palavras não
passarão»!
Meus
Amigos: Aproveitemos o essencial da lição que acabamos de ouvir,
aproveitemos sobretudo a lição viva que nos dá todos os dias a acção do
seu autor. Trabalhemos muito, aproveitemos mais, poupemos, não
desperdicemos esta maravilhosa matéria-prima que nos cumpre afeiçoar
para altos destinos; sejamos generosos na medida em que importa dar mais
do que esperamos receber; façamos todos isto – discentes e docentes
desta casa, - para que venhamos a merecer o sacrifício das vidas que no
altar da Pátria se consomem, lá nas fogueiras do Ultramar, para que
Portugal continue a ser viveiro de heróis, de missionários, de agentes
civilizadores, isto é, de Portugueses!
Glória aos nossos bravos soldados das plagas africanas!
Glória a Salazar, condutor da Pátria!
Viva Portugal!
A encerrar a sessão professores e alunos entoaram o Hino Nacional
In “Notícias de Penafiel” de 13 de Maio de 1966
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