PREPARAÇÃO DE UMA FESTA DIFERENTE
UMA FESTA DIFERENTE
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Capa do livro dos finalistas do ano de 1966. Desenho do Mestre Zé Luís |
Queremos referir-nos à festa dos «Finalistas» da nossa Escola Industrial! Sim, trata-se da festa dos alunos do quinto ano!
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É verdade. Já lá vão cinco anos! E quem o havia de dizer? – Sim,
naquele ambiente de guerra fria (e de guerra aberta…), em que a Escola
Industrial dava os primeiros passos, sabendo muito embora resistir,
amparada e acarinhada por alguns poucos, aos ataques de descrédito, de
desconfiança e de incapacidade que, pelas razões referidas, lhe moviam
de todos os lados, poucos acreditavam num futuro risonho e radioso, como
tão legitimamente se pretendia. E quando tudo seria mais fácil, se
houvesse a necessária compreensão aliada à mais desinteressada abnegação
por uma obra que a todos vinham beneficiar, e cujos frutos,
naturalmente, só mais tarde poderiam surgir, foi preciso recorrer à
persistência, à dedicação e ao sacrifício quase heróico dos responsáveis
para que se justificasse, devagar, mas seguramente e de acordo com as
fracas condições de vida em que ainda hoje se encontra, a sua tão
desejada mas difícil criação!
Esta
festa, pois, terá um sabor muito especial para todos aqueles que a
esperavam ansiosamente, não só por ser a primeiro no género na Escola, e
em Penafiel, mas por constituir a prova mais cabal e eloquente dos
benefícios enormes da Escola Industrial desta cidade.
Portanto,
nunca será demais realçá-la, dar-lhe aquela evidência que merece: por
mais incompreensível que pareça, ela significa o triunfo consolador de
muitos e a derrota, triste e sem remédio, de alguns. Vai ser, pois, uma
festa diferente…
Muito diferente daquelas que se têm feito!
Para
terminar, íamos a dizer que a Escola Industrial de Penafiel está de
parabéns, mas seremos mais verdadeiros, se afirmarmos: estamos todos de
parabéns, vamos viver todos, aquela festa diferente …
In jornal “Notícias de Penafiel de 3 de Dezembro de 1965
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