A NOSSA ESCOLA TEM HISTÓRIA
O
ensino em Penafiel tem uma longa tradição. Já no século XVIII, se
falava na “capela dos estudantes”, que era a capela de S. Mamede,
situada no local onde hoje se encontra(va) o Cine-Teatro S. Martinho.
Para existir uma “capela dos estudantes”, haveria necessariamente no
burgo quem ensinasse e quem aprendesse!
Com
a criação da Diocese de Penafiel, em 1770, passou a funcionar na jovem
cidade ensino superior, de pendor predominantemente eclesiástico. As
célebres cadeiras de Retórica, Latim, Lógica..., que eram ministradas em
todas as sedes de diocese.
Podemos, assim, concluir que Arrifana de Sousa, e mais tarde Penafiel, foi um importante pólo educativo.
Em
meados do século XIX, foi fundado na rua do Carmo um colégio, que mais
tarde se fixou na Rua do Paço, que durante quase um século foi dos mais
importantes a nível de todo o país. Era o famoso “Colégio do Carmo”, por
onde passaram, como alunos, vultos como Leonardo Coimbra, Padre
Américo, D. António Barbosa Leão, etc..
Com
a generalização (ou massificação, se quiserem…) do ensino secundário
público, iniciada na fase final de Estado Novo, Penafiel continua a ser o
principal centro escolar do Vale do Sousa e parte do Tâmega.
Depois
de uma longa batalha de “sensibilização”, que foi insistentemente
conduzida nos media pelo saudoso jornalista e fotógrafo António
Guimarães, foi criada em 1960 a Escola Industrial de Penafiel,
oficializada pelo Decreto-Lei n.º 43401, de 15 de Dezembro de 1960.
Era
necessário um edifício que pudesse albergar esta primeira escola de
ensino público secundário em Penafiel. A escolha veio a recair no prédio
onde funcionava, já em fase decadente, uma instituição localmente
conhecida por “Internato”. Situava-se, já na freguesia de Melhundos, num
prédio oferecido no princípio do século pelo Dr. Alves Magalhães. Havia
um problema: por vontade do fundador, esta “escola” estava destinada à
“educação de meninas em regime de internato”. Como a Escola a instalar
iria acolher raparigas… e rapazes, considerou-se que a vontade do
fundador não só era respeitada como até alargada.
Assim
começa a funcionar, já lá vão quase quarenta anos, a escola sempre
conhecida por “Técnica”, aproximadamente no local onde hoje se encontra a
Escola Secundária de Penafiel N.º1.
Esta
instituição passará em 1969/1970 a designar-se oficialmente como
“Escola Industrial e Comercial de Penafiel”, mais tarde como “Escola
Técnica de Penafiel” e finalmente o Decreto-Lei n.º 80/78 ”converte-a”
em Escola Secundária.
Em
1968/69, começa a funcionar, no edifício do antigo Colégio de Nossa
Senhora do Carmo, o ensino liceal oficial. Em Outubro de 1968, nasce a
“Secção do Liceu Alexandre Herculano em Penafiel”. Posteriormente,
ganhará autonomia, passando a designar-se “Liceu Nacional de Penafiel”. O
já citado Decreto-Lei n.º 80/78de 27 de Abril altera-lhe a designação
para Escola Secundário.
A
situação mantém-se até 29 de Setembro de 1978. Pela Portaria 599/78,
estas duas escolas são extintas. Como diz o seu número sete, “O antigo
Liceu de Penafiel e a antiga Escola Técnica de Penafiel, transformados
em escola secundária por força do Decreto-Lei n.º 80/78, de 27 de Abril,
são extintos com efeitos a partir de 1 de Outubro”.
É
por força do número oito da mesma Portaria, “criada, com efeitos a
partir de 1 de Outubro de 1978, a Escola Secundária de Penafiel”.
É esta a tua Escola!
Fernando F. Gomes
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