SARAU DOS FINALISTAS - 1969
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Cartaz gentilmente cedido pelo professor José Luís da Costa Rodrigues de Oliveira |
DUAS MANEIRAS DE RELATAR O SARAU
SARAU DOS FINALISTAS DA ESCOLA INDUSTRIAL
17 de Maio de 1969
Momentos
honrosos e de prestigio uma vez mais arrecadados para a Escola
Industrial de Penafiel. Estes soaram no Cine-Teatro S. Martinho na
realização dos Finalistas, levado a cabo no dia 17 de Maio de 1969,
pelas 21 e 30, assistindo várias individualidades desta cidade, assim
como o corpo docente e alunos desta digna Escola.
Com
um enchente pouco vulgar a festa iniciou-se com a engraçada comédia “O
morto vivo” emoldurada pelos sumptuosos cenários, mas que devido a uma
anomalia sonora esta não pode chegar a todo o público em condições
normais, tendo-se este apercebido do facto e reagiu da melhor forma.
Surge
o intervalo. É representada a peça teatral de carácter religioso “Rosas
todo o ano” do nosso dramaturgo Júlio Dantas, tendo sido bastante
aplaudida.
Seguem-se
recitações Poéticas de Florbela Espanca e Antero de Quental a que o
público duma maneira geral culto reagiu e bateu palmas. Decorrendo a
festa até esse momento, num ambiente um bocadinho monótono, surge este
mais vivo com uns solos de acordeão, muito bem interpretado por dois
jovens aos quais toda a gente manifestou inteiro agrado.
Mais alegre
continua o espectáculo agora com o folclore, interpretando as danças
regionais, que tiveram uma formidável actuação. Acabadas estas,
seguiu-se a crítica à cidade em que relembram pormenores de grande
interesse que os espectadores aplaudiram. Mais poesia é recitada, esta
agora do saudoso Teixeira de Pascoais.
Passam
ao palco em ritmo Catckchok, o famoso bailado Eslavo. Acabados estes
bons momentos de musicalidade ouvimos o telejornal com as suas cómicas
piadas.
A
finalizar este espectáculo surge o momento mais cobiçado e agradável da
Juventude, manifestando-se em grande aplauso com apresentação em palco
do Conjunto “Os Mini Boys” que, com a sua música, ao ritmo actual
souberam muitíssimo bem acompanhar as canções de alguns jovens que muito
abrilhantaram a festa com as suas qualidades vocais criando um ambiente
emocional à sensibilidade de cada jovem.
Concluídas
as variedades. Os Nosso Ex.mo Director, juntamente com os finalistas
deram por terminada a festa, agradecendo a estes e a quantos estavam
presentes.
Como, é óbvio, destas festas escolares nunca podemos exigir muito mais.
Secção Cultural da Escola Industrial
Adão A. R. P. da Silva
In jornal “O Tempo” de 25 de Maio de 1969
SARAU DOS FINALISTAS
DA ESCOLA INDUSTRIAL DE PENAFIEL
Como
já vem sendo habitual aos olhos dos penafidelenses, realizou-se mais
uma vez com acentuado êxito um brilhante e novo espectáculo ao qual
todos os penafidelenses deram o seu apoio e adesão.
Cerca
das 21,30 horas do dia 17 do corrente mês, já o Cine-Teatro S. Martinho
registava grande assistência ansiosa pelo começo do espectáculo. Para o
iniciar teve a presença do Sr. Subdirector desta escola que fez reviver
em todos o passado e presente desta tão nobre escola.
Apagaram-se
as luzes da Ribalta e apareceu em cena um grupo de jovens finalistas
representando a peça «Dois mortos Vivos», à qual deram todo o melhor
amadorismo. Muitos aplausos para a boa actuação destes rapazes.
Estava finda a primeira das 3 partes.
Após
um pequeno intervalo, e a vez das finalistas representarem o drama de
Júlio Dantas «Rosas todo o ano» a que seguiu a recitação de poesias de
Florbela Espanca e Antero de Quental por duas jovens finalistas.
Surge
o momento mais alegre com um grupo folclórico de rapazes e raparigas,
que exibiram três números, que muito agradaram ao público que enchia por
completo a sala de espectáculos.
Em prosseguimento, surge a dança eslava por jovens finalistas.
Para finalizar esta II parte, e como já vem sendo habitual, aparece a crítica à cidade.
Após
novo intervalo para começar a III parte e última dedicada
exclusivamente às variedades. Começa com leitura do noticiário crítico,
com boletim meteorológico. Nesta última parte é de salientar a actuação
do conjunto “Os Mini Boys” que mais uma vez souberam fazer vibrar,
quantos os jovens que faziam parte da assistência. Moços e moças
interpretaram canções alegres e vibrantes e o fim da festa aproxima-se.
Subiram
ao palco todas as finalistas, que após um comovente discurso do Ex.mo
Sr. Director da E.I.P., foram saudadas pelo público e pelo mesmo.
Abraços, ramos de flores e lágrimas no rosto finalizaram este
espectáculo.
Secção Cultural da Escola Industrial de Penafiel
José Carlos Mendes Pinto
In jornal "O Penafidelense"de 27 de Maio de 1969
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